Estado de espírito actual


If I was young, I'd flee this town
I'd bury my dreams underground
As did I, we drink to die, we drink tonight

Andamos a brincar às barbies

Passou mais um Dia da Mulher a 8 de Março... e o que vemos nos telejornais?! Barbies...... parece que a barbie faz 50 anos.... mas o que é que isto poderá ter a ver com as Mulheres... parece que tudo.... continuam a insistir em manipular as nossas articulações, a dizer que só podemos namorar com o Ken (sim, porque ele é gajo apesar de não ter tintins, ou será que.....), temos sempre de manter um sorriso plastificado mesmo que tenhamos trabalhado 10 horas e apesar de nos apetecer chegar a casa e esparramarmo-nos no sofá... não, o que vamos fazer? arrumar a casa porque o imbecil que está de perna sobre o mesa da sala não se dá a esses trabalhos e se a barbie sugerir algo leva um bofetão.
Felizes vivemos nas nossas casas cor-de-rosa... acorrentadas a um ciclo de preconceitos e passividade...




Im a rabbit in your headlights
Scared of the spotlight
You dont come to visit
Im stuck in this bed

Thin rubber gloves
She laughs when shes crying
She cries when shes laughing

Fat bloody fingers are sucking your soul away...
(away....away....away....)

Im a rabbit in your headlights
Christian suburbanite
Washed down the toliet
Money to burn

Fat bloody fingers are sucking your soul away...

Sample from movie jacobs ladder :
If youre frightened of dyin and youre holding on...
Youll see devils tearing your life away.
But...if youve made your peace,
Then the devila are really angels
Freeing you from the earth.....from the earth....from the earth

Rotworms on the underground
Caught between stations
Butterfingers
Im losing my patience

Im a rabbit in your headlights
Christian suburbanite
You got money to burn....

Fat bloody fingers are sucking your soul away.....
Away, away, away,
Away, away, away.

Inaction is a weapon of mass destruction

My story stops here, lets be clear
This scenario is happening everywhere
And you ain't going to nirvana or farvana
You're coming right back here to live out your karma
With even more drama than previously, seriously
Just how many centuries have we been
waiting for someone else to make us free
And we refuse to see
That people overseas suffer just like we
Bad leadership and ego's unfettered and free
Who feed one the people they're supposed to lead
I don't need good people to pray and wait
For the lord to make it all straight
There's only now, do it right.

Faithless, Mass Destruction

Acção Directa

Acção directa prevista no art. 336.º do Código Civil: "É lícito o recurso à força com o fim de realizar ou assegurar o próprio direito, quando a acção directa for indispensável, pela impossibilidade de recorrer em tempo útil aos meios coercivos normais, para evitar a inutilização prática desse direito".

A desigualdade social nem sempre fez parte da humanidade

"Os lugares-comuns com que nos enchem os ouvidos, segundo os quais a desigualdade social teria as suas raízes na desigualdade de aptidão ou de capacidade dos indivíduos, que a divisão da sociedade em classes seria o produto do «egoísmo inato dos ser humano» e, portanto, da «natureza humana», não possuem qualquer base científica. A opressão de uma classe social por outra não é produto da «natureza humana» mas sim o de determinada evolução histórica da sociedade. Essa divisão não existiu sempre, nem existirá sempre. Não existiram sempre ricos e pobres, nem existirão para sempre».

"Assim vários antropólogos falam-nos dum hábito que se encontra entre numerosos povos primitivos, hábito que consiste em organizar festas de abundância, após as colheitas. A antropóloga Margaret Mead descreveu-nos estas festas entre o povo paua dos Arapech (Nova-Guiné). Todos os que tenham feito uma colheita acima da média, convidavam toda a sua familia e todos os seus vizinhos, e as festividades prosseguem até que a maior parte desse excedente tenha desaparecido. Margaret Mead acrescenta: «Estas festas representavam uma medida adequada para impedir que um indivíduo acumule riquezas...».
O antropólogo Asch estudou os costumes e o sistema duma tribo existente no sul do Estados Unidos, a tribo dos Hopi. Nesta tribo, contrariamente à nossa sociedade, o princípio da competição individual é considerado como condenável do ponto de vista moral. Quando as crianças Hopi jogam ou praticam desportos, não contam nunca os pontos e ignoram o vencedor.
Quando as comunidades primitivas, que não se encontram ainda divididas em classes, praticam a agricultura como actividade aconómica principal e ocupam um determinado terreno, não organizam a exploração colectiva do solo. Cada família recebe uma área em usufruto por um certo período. Mas esses campos são redistribuidos frequentemente, para evitar favorecer este ou aquele membro da comunidade em detrimento dos outros. Os prados os bosques são explorados em comum. Este sistema de comunidade rural, baseado na ausência de propriedade privada do solo, foi encontrado na origem da agricultura entre quase todos os povos do mundo(...)".

Ernest Mandel, Introdução ao Marxismo, pág. 15,16Justificar completamente

Desigualdade de classe

"A desigualdade de classe é uma desigualdade que tem as suas raízes na estrutura e no desenvolvimento normal da vida económica, e que é mantida e acentuada pelas principais instituições sociais e jurídicas da época".

"O salariato, que é uma das características da estrutura da economia capitalista, representa assim uma das raízes da divisão da sociedade capitalista em duas classes fundamentalmente diferentes: a classe operária, que através dos seus rendimentos não pode nunca tornar-se proprietária dos meios de produção, e a classe dos proprietária dos meios de produção, e a classe dos proprietários dos meios de produção, os capitalistas".

"As instituições sociais impedem pois aos operários o acesso à propriedade capitalista, quer pelos rendimentos quer pelo modo de ensino superior. Assim mantêm, conservam e perpetuam a divisão da sociedade em classes tal como hoje existem".

Ernest Mandel, Introdução ao Marxismo

Revolução II

"Sim, ditadura! Mas esta ditadura consiste no modo como se aplica a democracia e não na sua eliminação; consiste em ataques enérgicos e resolutos contra os tão bem enraizados direitos da sociedade burguesa e contra as suas relações económicas, sem os quais não se poderá realizar nenhuma transformação socialista".

Rosa Luxemburgo em Norman Geras, A Actualidade de Rosa Luxemburgo, pág. 195

Revolução I

(...) revolução: o seu programa, que consiste em tomar pela força aquilo que em ultima instância é pela força mantido - de tomar a riqueza da classe capitalista, a sua liberdade de explorar e dominar o povo trabalhador e muitas outras liberdades de que só aquela classe goza e que nesta se baseia -, que consiste em preparar-se para suprimir qualquer reacção violenta contra esta expropriação."

Normam Geras, A Actualidade de Rosa Luxemburgo, pág. 194

A Ética Protestante e o Espírito Capitalista

As origens do espírito capitalista

"Weber formula logo no início de A Ética Protestante um problema de ordem estatística: o facto de na Europa moderna «os principais homens de negócios e proprietários do capital, assim como os operários qualificados de nível mais elevado e, de modo particular, o pessoal de elevadas qualificações técnicas e comerciais das empresas modernas, serem na sua grande maioria protestante».

" O protestantismo adopta uma atitude muito rígida em relação ao prazer e aos divertimentos - fenómeno particularmente pronunciado no calvinismo. Podemos portanto tirar a conclusão de que é a natureza específica das crenças protestantes que explica a relação entre protestantismo e o racionalismo capitalista".Justificar completamente

"A novidade da interpretação de Weber não consiste no facto de sugerir que há uma relação entre a Reforma e o capitalismo moderno. Muitos outros autores anteriores a Weber tinham já feito a mesma constatação. Por exemplo, a explicação marxista, deriva em grande parte dos escritos de Engels, afirmava que o protestantismo era o reflexo ideológico das mudanças económicas concomitantes com os primórdios do desenvolvimento do capitalismo. A obra de Weber começa de forma aparentemente anómala, rejeitando essa explicação para apresentar uma outra, e é nessa interpretação que reside a verdadeira originalidade de A ética protestante.
Verifica-se geralmente que as pessoas que dedicam a sua vida a actividades económicas e à obtenção do lucro são ou indiferentes à religião, ou até mesmo hostis a ela, na medida em que as suas acções visam exclusivamente o mundo material, enquanto que a religião se interessa apenas pelo mundo não-material. O protestantismo, porém, longe de se desinteressar do controlo das actividades quotidianas, exigia aos seus aderentes uma disciplina muito mais rígida do que o catolicismo, injectando assim um elemento religioso em todos os aspectos da vida do crente".

Weber define assim as principais características do espírito do capitalismo moderno: «A aquisição de cada vez mais dinheiro, combinada com uma privação severa de todo o prazer espontâneo... é considerada como um fim em si, o que, do ponto de vista da felicidade ou utilidade para o individuo propriamente dito, parece ser transcendente e irracional. O homem considera a aquisição como o propósito dominante da sua vida; a aquisição deixa de ser um meio para satisfazer as suas necessidades materiais.

A influência do protestantismo ascético

"Foram seitas protestante posteriores (ao Luteranismo), que Weber inclui na categoria geral de protestantismo ascético, que desenvolveram esse conceito de vocação".
"A parte mais importante da análise é dedicada ao calvinismo: não só às doutrinas de Calvino propriamente ditas, mas também às que foram preparadas pelos seus discípulos no fim do século XVI e no século XVII.
Após estas considerações preliminares, Weber passa a referir os três aspectos da doutrina calvinista que considera fundamentais. O primeiro é a doutrina de que o universo foi criado para maior glória de Deus, e que só tem significado em função dos propósitos divinos. «Deus não existe para os homens, mas os homens para Deus». O segundo é o principio que afirma que os desígnios do Todo-Poderosos estão para além da compreensão dos homens. Os homens só podem conhecer os pequenos pedaços de verdade divina que Deus se digne revelar-lhes. O terceiro é a crença na predestinação: só um pequeno número de homens foram predestinados para a salvação. A salvação foi irrevogavelmente destinada no primeiro momento da criação; não é afectada pelas acções humanas, pois uma tal suposição equivaleria a pensar que o juízo divino poderia ser influenciado pelas acções dos homens".
"Neste aspecto todo o homem estava sozinho; ninguém, padre ou leigo, podia interceder por ele junto de Deus para lhe alcançar a salvação".
"Não só aqueles a quem Deus negara a sua graça deixavam de dispor de meio mágicos para a alcançar, como ainda não havia quaisquer meios para tal".
"O calvinista, vivia, pois, numa incerteza terrível. Não havia na sua religião resposta possível para a pergunta decisiva que todos os crentes mais tarde ou mais cedo deveriam formular - serei eu um dos escolhidos?
Devido à pressão pastoral formam acrescentados aos ensinamentos de Calvino os dois pontos seguintes: em primeiro lugar, o individuo tinha a obrigação de se considerar a si mesmo como um dos eleitos, pois o contrário seria das mostras de uma fé imperfeita e portanto de falta de graça; em segundo lugar, a melhor maneira de alimentar a indispensável confiança consistia em desenvolver uma actividade profana intensa. As boas obras passaram assim a ser consideradas como um sinal de eleição - não porque constituíssem um método de alcançar a salvação, mas porque eliminava as dúvidas sobre elas".
"O calvinismo atribui assim ao trabalho no muno material em elevado valor ético. A posse de riquezas não isenta nenhum homem do dever de se dedicar com ardor ao trabalho que a sua vocação lhe designa. A acumulação da riqueza só é condenada na medida em que pode tentar o homem a levar uma vida ociosa; porém, quando a riqueza é adquirida através do cumprimento ascético do dever designado pela vocação, não só é tolerada, como ainda se reveste de valor moral. Desejar ser pobre é o mesmo que desejar ser doente, argumentavam os calvinistas; é condenável tanto do ponto de vista da glorificação das obras, como da de Deus".
"Temos pois de procurar as origens do espírito capitalista na ética religiosa característica do calvinismo. É dessa ética que derivam as qualidade únicas que distinguem as atitudes que estão na base da actividade capitalista moderna do carácter amoral da maioria das formas anteriores de aquisição de capital".
"Aquilo que para o puritano era submissão Às ordens divinas transformou-se, no mundo do capitalismo contemporâneo, numa conformidade mecânica às exigências económicas e de organização da produção industrial, a todos os níveis da hierarquia da divisão do trabalho. Weber rejeita a sugestão de que a ética puritana continuaria a ser uma das componentes necessárias ao funcionamento do capitalismo moderno, após este ter atingido grandes dimensões. Pelo contrário, a conclusão específica de A ética protestante é a de que, se a fé religiosa do puritano o levava a dedicar-se às tarefas que lhe eram ditadas pela sua vocação, o carácter especializado da divisão do trabalho capitalista obriga o homem moderno a fazer o mesmo".
«Hoje em dia, o espírito fugiu da sua gaiola, não sabemos para onde. De resto, o capitalismo vitorioso, que assenta hoje em dia em bases mecânicas, não precisa já desse esteio.. e a ideia do cumprimento do dever na vocação assombra a nossa vida como o fantasma de crenças religiosas mortas».
O principal mérito da obra consiste, segundo Weber, em ter demonstrado que o instrumentalismo moral do espírito do capitalismo constitui consequência involuntária da ética religiosa de Calvino, e de um modo mais gerla da concepção da vocação do homem no mundo que o protestantismo foi contrapor ao ideal monástico do catolicismo.
A ética protestante demonstra que há uma afinidade electiva entre o calvinismo, ou antes, entre certas crenças calvinistas e a ética económica da actividade capitalista moderna. O principal interesse da obra consiste no facto de esta tentar demonstrar que a racionalização da vida económica que caracteriza o capitalismo moderno se relaciona como compromissos de valor irracionais.
Weber afirma enfaticamente que a matéria analisada em A ética protestante permite eliminar a doutrina do materialismo histórico ingénuo, segundo a qual ideias como as que se exprimem na doutrina calvinista seriam meros reflexos de condições económicas. «temos de nos libertar» diz Weber, «da opinião de que seria possível deduzir a Reforma, como uma evolução historicamente necessária, das mudanças económicas». Weber não tenta, porém, propor uma outra teoria que se substitua a essa concepção do materialismo histórico, que rejeita: como Weber tenta demonstrá-lo nos seus ensaios metodológicos, que datam quase do mesmo período de A ética protestante, é impossível formular uma tal teoria".

A. Giddens, Capitalismo e Moderna Teoria Social

Weber: A Bolsa

"Entre 1894 e 1897 Weber escreveu uma série de artigos sobre as operações da bolsa e a sua relação com o financiamento de capitais. Weber propunha-se refutar uma concepção que na sua opinião, derivaria de uma interpretação ingénua das características do funcionamento da economia moderna, considerando a bolsa como uma "conspiração contra a sociedade". A noção de que a bolsa não passa de um meio para uma minoria capitalista auferir maiores lucros não tem em conta as funções mediadoras que essa instituição desempenha na economia. O mercado de fundos constitui um mecanismo que permite ao homem de negócios desenvolver a sua empresa através da utilização de métodos racionais de planeamento. As operações da bolsa não podem ser consideradas como mera especulação irresponsável. Sem dúvida que há especulação, mas o principal efeito da bolsa é o de contribuir para possibilitar uma orientação raciona do mercado, e não o de facilitar a especulação.
Weber observa, porém, que o desenvolvimento da escala e do volume das transacções na economia moderna acarreta dificuldades no que se refere à regulação normativa do mercado de fundos. A expansão das operações comerciais tende pois a neutralizar o controlo ético indispensável ao bom funcionamento das transacções da bolsa".

A. Giddens, Capitalismo e Moderna Teoria Social

Teatrocracia: O Grande Ângulo (3)

"O espaço mediático é o grande palco onde se situam todas as cenas da vida, colectiva, ele compõe-as e reflecte-as. É banal encontrar a razão na dominação que o audiovisual exerce sobre as sociedades da modernidade conquistadora. O mundo tornou-se um sistema panóptico, tudo tende a ser visto e todos podem ser voyeurs".

"A imagética entra agora numa economia da mentira e da verdade mais retorcida. Torna cada vez menos discernível aquilo que pertence à realidade e aquilo que é o produto resultante das suas montagens e simulações".

"O que está em causa é o enfraquecimento do político pelo mediático: há pouco o poder ocupava sem discrição o espaço da televisão, hoje, esta invade os domínios do poder. O abuso mudou de campo, os homens políticos inclinam-se às exigências da comunicação audiovisual, eles dependem dos novos poderosos - jornalistas, vedetas e comunicadores - que ela gerou".

"É preciso acomodar-se às obrigações impostas pelos profissionais de comunicação: adquirir o discurso eficaz, ao preço do sacrificio das ideias; dizer seduzindo, em vez de incorrer no risco das verdades impopulares".

Balandier, O Poder em Cena

Teatrocracia: O Écran (2)

"A multiplicação e a difusão dos media modernos modificaram profundamente o modo de produção das imagens políticas. Podem ser fabricadas em grande número, por ocasião de acontecimentos ou circunstâncias que não têm necessariamente um carácter excepcional. Adquirem, graças aos meios audiovisuais,à imprensa ilustrada e ao reclame, uma força de irrupção e uma presença que não se encontra em nenhuma das sociedades do passado. Tornam-se diárias; quer dizer, que elas se vulgarizam e se usam, o que obriga a frequentes renovações ou à criação de aparências de novidade".

"As técnicas audio-visuais de que dispõe, permitem uma dramatização constante ou quase, e assim menos dependente do ciclo anual do cerimonial político. Melhor equipados para produzir imagens, os governos encontram-se todavia na situação paradoxal de ver esta capacidade enfraquecer pelo seu próprio uso. Têm de aprender a dominar uma nova tecnologia do simbólico e do imaginário, uma nova forma da dramaturgia política". Balandier

Teatrocracia: "O Drama" (1)

Já Maquiavel havia referido a importância em aproximar a arte de governar da arte do palco. Da importância do político como actor que constroi imagens, que produz aparências conforme o que os "súbditos" esperam dele.
Para se fazer ou manter o poder "Não se poderia governar desnudando o poder e a sociedade numa transparência reveladora". (Balandier)
Os actores que detêm o poder deverão assim dominar a arte da persuasão, pois não é pela violência nem pela justificação racional que o poder se mantêm mas sim pela produção da imagem, produção de aparências, manipulação de símbolos.
Actualmente as novas técnicas dos media, da propaganda e das sondagens políticas ajudam a aumentar a dramaturgia democrática, o "estado espectáculo". E assim "os governantes enfeitam a sua mediocridade" e subordinam através da teatralidade.
 
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